terça-feira, 23 de junho de 2009

Até onde a maré vai molhar...

Vocês já foram para praia e ficaram o dia inteiro na areia, então certa hora tem de correr e puxar guarda-sol, cadeiras, tranqueiras e afins para trás porque a maré subiu? Então... a crise econômica é uma grande onda... até onde a maré dela vai molhar?

Logo no começo da crise pensava comigo: Será que agora veremos patrocínios nas camisas dos times da NBA? (ridículo a liga brasileira chamar NBB... nunca serão...)

A resposta pode estar por vir...

Segue abaixo um post do blog do Erich Beting...
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Patrocínio racha opiniões nos EUA

Afinal, vale ou não colocar um patrocínio na camisa de uma equipe esportiva? A pergunta, no Brasil, tem resposta óbvia. Coitado é aquele que não consegue colocar um patrocinador no peito e nas costas do uniforme. E, muitas vezes, errado é aquele que divide a sua camisa em diversas marcas (sim, é uma alusão direta ao Corinthians!).

Mas, nos Estados Unidos, esse conceito tem dividido opiniões. A ponto de o mercado esportivo no país que praticamente o inventou começar a questionar se essa prática é ou não correta.

Ontem o jornal "Detroit News", dos EUA, trouxe uma extensa reportagem sobre o tema. O motivo da matéria eram os patrocínios firmados pelos times Los Angeles Sparks e Phoenix Mercury, da WNBA, a liga feminina de basquete. Ambos vão "manchar" suas camisas na atual temporada do basquete feminino, pelo qual vão receber cerca de US$ 1 milhão pelo patrocínio.

Agora, ambos deverão abrir as portas para outras equipes.

"Estamos pressionados pelos salários dos atletas e, combinado com a atual conjuntura econômica, é quando as pessoas buscam soluções radicais. A venda de bilhetes não vão mais sustentar as contas. Os times que estão mais desesperados são aqueles que vão buscar essas alternativas. Nós vamos devagar. Não queremos correr o risco de uma 'Nascarização' dos uniformes".

A frase presente na matéria é de Tom Wilson, presidente do Detroit Shock, da WNBA, e do Detroit Pistons, da NBA. E deixa bem clara a atual situação de gestão do esporte nos EUA.

Chegou-se a uma encruzilhada, em que um paradigma provavelmente será quebrado. Não dá mais para continuar a ser tão puritano assim. Hoje, as quatro grandes ligas dos EUA, que são NFL (futebol americano), NBA (basquete), NHL (hóquei) e MLB (beisebol), têm em seu regulamento a proibição de os times ostentarem patrocínios em suas camisas.

O problema é que as receitas dessas equipes sempre vieram de acordos comerciais que envolviam ações de ativação de patrocínio nos ginásios e com o público torcedor do time. Só que, agora, com a crise, além de as empresas disporem de menos dinheiro, o fã, em retração econômica não consome tanto o seu time quanto antigamente.

E mesmo o grupo da "Big Four", que são essas quatro maiores ligas, já começa a abrir concessões. A NFL permitirá que o logo do patrocinador apareça no uniforme de treino da equipe. A MLB deve abrir a concessão para a pré-temporada. A NBA já conversa como pode fazer para inserir logomarcas de patrocinadores, algo até então rechaçado pela liga.

Sinal dos tempos. E que mostra, claramente, que não existe um modelo fechado de gestão do esporte. O que cada país precisa fazer é encontrar o seu modelo de gerenciar as finanças e partir para o básico. Aumentar ao máximo suas receitas sem elevar de grande forma os seus gastos.

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